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Mostrando postagens de julho, 2020

Volta Redonda na Era Vargas

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Esses dias estava relendo o livro “Volta Redonda na Era Vargas”, de Waldyr Bedê. Ele deu uma palestra sobre a obra no auditório da UBM em 2006. Eu estive presente na palestra ouvi atentamente a fala de professor Bedê, que é pai do também professor Edgard Bedê. Eu não tive o privilégio de ser aluno do Waldyr, mas fui do Edgard. Na realidade do Sul Fluminense o professor Waldyr era uma espécie de lenda da história. Algo como uma história viva da segunda metade do século XX em diante. Ele é meticuloso em alguns detalhes do livro, que visa recontar a história da cidade sob a criação da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). A tese principal do professor Bedê é que em Volta Redonda aplicou-se de forma do “tipo ideal” o cidadão do Estado Novo. Esse novo homem formando pelas diretrizes ditatoriais do governo Getúlio Vargas seria um operário semelhante ao modelo americano. Foi mobilizado todo um aparato para subsidiar a ideia. Tal como: escola técnica, casa, grêmio, etc. Antes d

A casa da tia Nair

O menino gosta quando é domingo. Ele vai na casa da tia Nair. Chega de mãos dadas com sua mãe, que leva na sacola guloseimas que ele gosta de comer. Tudo junto da tia Nair. A casa da tia tem jeito de casa de vó. Tem uma alegria, um carinho, algo de muito especial. Tudo na casa é acolhedor: a sala, a cozinha, o jardim. O menino gosta de deitar na grama e olhar para cima. O céu da casa da tia Nair parece ser diferente. Um céu calmo e sereno. "Aquele céu transmite paz". As árvores com suas pequenas folhas refrescam não só o corpo, mas a alma do menino. Ele brinca, corre e quando o dia vai acabando o menino tem que ir embora e se pergunta: como será a noite da casa da tia Nair? - Vamos embora. Já é tarde! Diz a mãe do menino. Ele não quer ir. Ele quer ficar para dormir.  - Como será a noite da casa da tia Nair ... ? 

Caminhos para a superação do racismo*

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O mundo viu um país em chamas. Se engana quem pensa que seja uma metáfora. Literalmente os Estados Unidos foi incendiado em alguns estados por conta da morte de George Floyd (negro) por um policial branco. No mesmo mês do ocorrido o Brasil se viu diante da morte de um menino negro da periferia do Rio de Janeiro de nome João Pedro pela polícia militar e pela morte de outro menino negro Miguel, que foi deixado sozinho no elevador pela patroa da mãe e caiu o 9º andar no Recife. Essas mortes ganharam repercussão nacional e internacional, mas e o racismo do dia-a-dia? Do ponto de vista histórico o metodismo tem uma tradição de luta abolicionista incentivada por John Wesley ao parlamentar Wilberforce. Na ocasião Wesley disse que a luta pela abolição era uma missão que Deus havia conferido ao parlamentar e que ele não deveria retroceder nessa empreitada [1] . No Brasil se presencia o racismo em diversos setores da sociedade. Os casos que eclodiram ao redor do mundo e ocorrem em vá

Tim Maia do Brasil

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No Final desse post há um vídeo com uma música. Aconselho aos leitores e leitoras acompanharem esse leitura ao som de Tim Maia. Para além das definições triviais Tim Maia foi, na minha opinião, o maior cantor brasileiro de sua geração. Muito de suas desventuras e prejuízos em sua carreira devem-se ao gênio intempestivo e personalidade forte do "gênio musical". É certo que se não fosse isso e outras conjunturas históricas (ida aos EUA, advento da Bossa Nova e supervalorização do rock) Tim teria sua carreira ampliada. Nascido e criado no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, Sebastião Rodrigues Maia foi contemporâneo de Roberto e Erasmo Carlos. Roberto havia saído de Cachoeiro do Itapemirim Espírito Santo, e ido ao Rio de Janeiro para tentar carreira musical. Na época cantava rock imitando cantores famosos e tentava emplacar algum sucesso. Tim era conhecido como “Tião marmita”, pois seus pais trabalhavam numa pensão e ele entregava comida. Como era vizinho de Erasmo e R