Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2019

O que podemos aprender com Maquiavel?

Imagem
Para Maquiavel os embates na república eram os responsáveis pela manutenção saudável do sistema político. O conflito para ele é inerente ao sistema, sem ele não se tem vida política. Num livro, pouco citado, mas de suma importância chamado “Discursos sobre Tito Lívio” Maquiavel traça um paralelo entre a Roma de Tito e a Florença de seu tempo. Nele faz comparações e apontamentos sobre a vida e atuação política. Como se organiza a política para Maquiavel? A política se organiza entre dois grandes grupos: os grandes e o povo. Esses não possuem identificação sociológica ou econômica. Sua identificação se dá pelos humores - do italiano umori. Uma espécie de desejo, ou ideologia – traduzindo para termos atuais. Nesse sentido, um pobre pode pertencer ao humor dos grandes e vice-versa. Qual é a identificação desses grupos? Os grandes têm o desejo de dominar e povo o desejo de não ser dominado. A orientação se dá por meio desses desejos. Nessa interação os grupos disputam e entram

Inserção histórica do protestantismo no Brasil

O tema dos evangélicos e protestantes em geral ganhou notoriedade novamente após o anúncio da pastora Damares como ministra do governo Bolsonaro. Desde então pessoas dos mais diversos segmentos têm tentado entender a relação entre a inserção do protestantismo no Brasil, a política e sociedade. Podemos dizer que a inserção protestante no Brasil se deu em diferentes momentos históricos. Os estudiosos do pensamento cristão dividem em duas grandes matrizes. A primeira é conhecida como protestantismo de imigração e data de meados do século XVI quando os huguenotes franceses sobre a liderança de Villegagnon tentaram dominar o litoral do Rio de Janeiro e iniciar sua colonização naquela parte do Brasil. As comunidades de imigrantes protestantes que aqui iam se instalando tinha apoio religioso, mas sem cunho proselitista Naquele momento se entendia a expansão do evangelho por meio de valores cidadãos. Como educação, cultura, cidadania e desenvolvimento. Foi sob essa mentalidade

Afinal, de que lado o Estado está?

Imagem
6 de julho de 1831. O Estado brasileiro aprova uma lei que permite armar a população para se defender dos tumultos e perigos eventuais que se podia sofrer devido ao período alvorotado que o Brasil passava - A bem da verdade essa lei privilegiava os setores da classe alta da população.  Haviam alguns requisitos a serem preenchidos dentre os quais se destacava a renda anual. À época a empreitada ficou a encargo do ministério da justiça que tinha Feijó a frente dos trabalhos. Desse breve relato pode-se tirar algumas conclusões. Primeiro. Não é a primeira vez que o Estado brasileiro adota a repressão armada para reprimir a violência a acabar com o clima de insegurança. Como todo o organismo de manutenção e perpetuação do poder o Estado é repressivo e sua política se faz sentir sobretudo nos corpos dos despossuídos e insurgentes contra o sistema. O contexto do século XIX era de contestação e de levantes populares que reivindicavam melhores condições de sobrevivência. A isso o Estado r

justiça e cidadania

Imagem