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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

54 anos sem Malcom X

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Eu era apenas o “neguin” que gostava de funk e começou a ouvir um grupo de RAP. Um tal de Racionais Mc´s. Grupo de São Paulo. São Paulo e Rio sempre tiveram disputas inúmeras. Eu era do funk, mas gostei do RAP. Raio X do Brasil era o nome do CD. Na pauta: negritude, racismo, consciência negra e resistência. Em uma das letras falava-se de Malcom X. Eu nem sabia quem era. 2008 foi um ano de muita mudança na minha vida. Pela primeira vez eu saia de casa. Fui morar em São Paulo (centro do mundo. Tudo passa por São Paulo). A militância me identificou. A consciência foi despertada. Eu não era preto - pensava. Num encontro sobre negritude um irmão enquadrou. “Esse cara não é preto!”. O líder começou a aula ali... com uma frase que eu nunca esquecerei... “Existem tons de negro. Esse cara é negro. Olha os traços negroides. Não confunda melanina com negritude. E seguiu o debate”. Que aula! Falou-se muito em Malcom X. Eu não fazia a mínima, mas fui atrás. Em minha companhia, meu melh

Religião em Marx

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Karl Marx foi um pensador muito importante para a história da humanidade, pois sua forma de explicar a economia, sua maneira de pensar nos trabalhadores e sua idealização de uma sociedade mais justa e igualitária, inspiraram vários líderes políticos a também compartilharem desse ideal e sensibilizarem-se com a classe trabalhadora, fazendo-se assim, participantes de forma efetiva desse projeto. Infelizmente suas idéias foram mal interpretadas por alguns desses líderes políticos que acabaram fazendo de algo que seria um objeto de libertação, aquilo que se tronou para muitos, sinônimo de opressão e supressão da liberdade em todos os âmbitos (politico, social, etc). Seu ideal de liberdade inspira, ainda nos dias de hoje, muitos pensadores a responder perguntas do tipo: O sistema capitalista terá fim? A opressão do trabalhador vai continuar? O sistema que promove várias bárbaries, em nome do progresso um dia vai acabar? Essas são indagações que precisam ser respondidas, pois a cada

Müntzer, um camponês em busca de justiça

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Para compreender a postura teológica de Thomas Müntzer; o desdobramento que ela teve e as consequências teológicas e políticas na história, sobretudo, dos camponeses é necessário identificar suas origens e as circunstâncias que permitiram o desenvolvimento de sua teologia (assim como sua pessoa). Aliás, mais do que uma teologia Müntzer sinalizou para uma práxis cristã revolucionária. Não podemos deixar de mencionar alguns dados biográficos do reformador dos camponeses. Vamos a eles. Müntzer nasceu por volta do ano de 1489, na cidade de Stolberg, na região conhecida como Saxônia. Seus dados biográficos são escassos. Ernst Bloch dedica nada mais do que um parágrafo para tratar da infância de nosso personagem histórico. Por ser curto e preciso pode ser reproduzido na íntegra. Desde o princípio, tudo foi turvo ao seu redor. Quase em abandono cresceu o sombrio moço. Filho único de uma família humilde, Müntzer nasceu em Stolberg em 1490. O pai o perdeu jovem, e sua mão recebeu muit