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Mostrando postagens de agosto, 2019

Eco-teologia

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Nos últimos dias vários assuntos ganharam destaque nos noticiários brasileiros. Um deles foi o “dia virando noite” em São Paulo. Os especialistas explicaram que isso se deu por conta das queimadas desenfreadas na Amazônia. Algumas agencias ligadas ao meio ambiente estimam que cresceu significativamente o desmatamento na região nos últimos anos. Diante disso fica a pergunta: o que a teologia tem a ver com isso? Tudo. Se tomarmos a Bíblia como um livro de literatura em que se leve em conta o chamado “arco literário” veremos que o primeiro livro começa narrando a criação do céu e da terra e o último livro trata do novo céu e nova terra. Sendo assim, não podemos desconectar a criação da soteriologia e até mesmo da escatologia. A necessidade premente é repensar uma teologia da criação. Como propõe Leonardo Boff. “Uma teologia da criação nos ajudará a encontrar o sentido de uma teologia da redenção. Redenção supõe um drama, uma decadência na criação, e na vocação humana uma rup

Estudo sobre Malaquias

Restaurando o altar Malaquias 1 Amar e aborrecer a Deus (vers. 1-5): O amor de Deus em relação à Jacó/ Israel passa pelo crivo da aliança divina. Uma vez que Jacó é a tese e Esaú a antítese da relação com Deus. Nesse sentido há somente dois povos na face da terra. Um que tem aliança com Deus e outro que não tem. Deus estabelece com seu povo uma aliança eterna de vida e paz. Isso pode ser sinalizado pelo amor de Deus em relação aos que o temem. Como se pode experimentar isso? Através de nossa vida cotidiana e das relações que temos passado. Muitos livramentos temos experimentados e muitas situações ocorrem em nossa vida que não se explicam racionalmente. Somente podem ser explicados pela ação de Deus em nossa vida. O amor de Deus é fruto de sua aliança com seu povo vers.2. Da mesma forma que ele manifesta seu amor para com seu povo, manifesta sua justiça para com aqueles que não são seu povo. Nesse sentido entende-se que não há como escapar das mãos de Deus. Os versículos

Distopia do real

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Confesso que a cada dia tenho mais dificuldades com as utopias. Não somente com elas, mas tenho dificuldades com as ideologias rígidas e teimosas. Não dá para saber se estou certo ou não. Como não ligo para isso. Pouco me importam as certezas. Esses dias tive a oportunidade de conversar com pessoas que vivem sob uma ocupação. A conversa foi muito enriquecedora, pois não se trata de teoria, mas de prática. A ocupação data de mais de duas décadas e não foi legalizada. Há uma briga judicial. Enquanto isso a comunidade segue lutando pela vida. O líder da comunidade diz que não faz mais parte do grupo que ajudou na ocupação. Em suas palavras o movimento social que os ajudou e estar ali é um “produtor de miséria”. Não somente ele tem essa opinião, mas quase toda a comunidade. O sentimento que predomina ali é de que foram usados tanto por políticos como pelo movimento. Até hoje vivem sob condições precárias. Falta luz, não há asfalto, as pessoas carecem de formação. Os antigos líd