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Mostrando postagens de setembro, 2019

Admirável mundo novo

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Aldous Huxley é um autor que escreve com grande talento e antecipa ( já em 1932) coisas que se vive em 2019, por exemplo. Sim. Estou me referindo a “Admirável mundo novo”. Um dos livros distópicos mais famosos do século XX. Huxley fala de uma realidade futura imaginada; numa sociedade compartimentalizada. Tudo nessa sociedade é organizado e gira em torno do consumo. Na realidade descrita por Huxley as pessoas pertencem a um tipo de casta e são fabricadas em laboratório – uma espécie de vida em série – nessa divisão há castas altas e baixas. Todas possuem papeis determinados. O autor é um profeta. Certamente não conheceu os “coach´s” modernos e suas categorizações. Uma vez fiz um teste “mentoriado” por um coach. Ele me disse: parabéns. Você é águia. Eu sou lobo. Eu indaguei: não entendi. Ele me disse que cada pessoa – de acordo com o questionário em suas mãos – correspondia a um animal e era catalogada por suas características. Por isso a sociedade se orienta por adaptações. M

Declarações infelizes

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Sempre tive interesse pela história latino-americana. Brasil, Argentina, Paraguai, Chile, Venezuela são temas que gosto saber mais a respeito seja por meio de literatura ou por filmes e documentários. Quando era seminarista tive contato com uma tese de doutorado sobre o pentecostalismo chileno. A autora situava por meio da história o movimento pentecostal daquele país. Depois disso tive interesse em conhecer a história da eleição de Salvador Allende. Li uns materiais e assisti ao clássico “batalha do Chile”. Depois disso assisti outros filmes como: “amor e revolução”. O Chile sempre foi um país simpático ao Brasil, sobretudo, na acolhida aos exilados depois de 1968. Curiosamente tanto a direita quanto a esquerda chilena repudiam a ditadura militar que houve naquele país (1973-1990). Não se homenageia torturador e ditador. Nem a direita o faz por motivos óbvios. A ditadura é e sempre foi um modelo violento de governo que não respeitou liberdades individuais e o contraditório

O Deus de Lia

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Há algum tempo tenho me sentido inclinado a pensar melhor sobre alguns personagens bíblicos que são tratados com desdém e postos à marginalidade como se não tivesse importância alguma. Nesse sentido o drama da matriarca Lia é algo que necessita ser refletido com mais seriedade. A história de Lia está inserida num drama que envolve Jacó, Labão e Raquel. Fugindo da fúria do irmão Jacó vai em busca de alguns parentes e se apaixona por Raquel. Na esteira da história faz um contrato com Labão para casar com a mulher amada, mas pela madrugada o pai da noiva o engana e faz com que se deite com a irmã mais velha, Lia. Do começo ao final da trama Lia aparece como mulher desprezada; sempre a sombra da irmã. Os estudiosos da Midraxe judaica afirmam que Lia era prometida de Esaú, enquanto Raquel era prometida de Jacó, mas Lia preferiu o desprezo de Jacó à violência de Esaú, por isso suportou tudo calada. A grande questão que se debate entre os estudiosos das tradições judaicas é q