Estudo sobre Malaquias


Restaurando o altar
Malaquias 1
Amar e aborrecer a Deus (vers. 1-5): O amor de Deus em relação à Jacó/ Israel passa pelo crivo da aliança divina. Uma vez que Jacó é a tese e Esaú a antítese da relação com Deus. Nesse sentido há somente dois povos na face da terra. Um que tem aliança com Deus e outro que não tem.

Deus estabelece com seu povo uma aliança eterna de vida e paz. Isso pode ser sinalizado pelo amor de Deus em relação aos que o temem. Como se pode experimentar isso? Através de nossa vida cotidiana e das relações que temos passado. Muitos livramentos temos experimentados e muitas situações ocorrem em nossa vida que não se explicam racionalmente. Somente podem ser explicados pela ação de Deus em nossa vida.

O amor de Deus é fruto de sua aliança com seu povo vers.2. Da mesma forma que ele manifesta seu amor para com seu povo, manifesta sua justiça para com aqueles que não são seu povo. Nesse sentido entende-se que não há como escapar das mãos de Deus. Os versículos subsequentes ao 2 mostram que Deus é soberano em suas ações e que a pior coisa que podem acontecer a alguém é estar em contradição com sua vontade, pois nunca será exitoso. Os exemplos mencionados de Edom e Esaú são tipificações de pessoas que querem viver uma vida independente de Deus acabam por estar em contradição com ele.

Certamente você conhece alguém que tem tudo para dar certo, mas nunca consegue. Então chega-se a conclusão que essa pessoa pode estar em contradição com a vontade de Deus, por esse motivo nada do que ela faz prospera. Nuns se consegue êxito em suas ações pelo simples fato de ele estar em contradição com os designos divinos. Essa passagem ilustra claramente que só há duas posições: aliança/ não aliança com Deus.

Mesquinhez do culto a Deus (vers. 6-14). O culto no Antigo Testamento tinha uma característica diferente do culto de hoje, pois naquele tempo quem oferecia era o sacerdote. O povo enviava sua oferta e o sacerdote a apresentava a Deus. Hoje em dia quem oferece? Segundo a Bíblia quem oferece é a própria pessoa (Rm 12, 1); (1 Pe. 2,9). De acordo com (Lv. 22,17-25) havia uma série de ofertas que se fazia a Deus no culto envolvendo agradecimento, louvor, perdão, etc. Como eram essas ofertas? Em forma de pão, incenso, comidas diversas e animais. No Novo Testamento oferece-se a vida a Deus. Por isso cabe—nos uma pergunta: o que temos oferecido a Deus como culto?

·         Tempo: como temos dedicado nosso tempo a Deus e à palavra de Deus? Principalmente no que diz respeito à dedicação a obra missionária ou mesmo naquilo que podemos denominar como disciplinas espirituais. Muitas vezes dedica-se pouco tempo a Deus e se pergunta: no que temos falhado?

·         Vida: O culto no Novo Testamento é a própria vida. Ele não é só um momento de duas horas na semana quando se vem ao templo. Envolve muito mais do que isso. Como tem sido nossa vida, principalmente, fora da igreja? Como temos nos portado nas situações do cotidiano? Qual tem sido nosso testemunho na sociedade?

O vers. 8 liga-se ao modo como cultuamos a Deus. Domingo se oferece um louvor a Deus, mas quando a semana começa o que temos feito de nossa vida? Como temos nos portado? Será que tem sido nosso melhor? A isso Deus compara a oferecer um animal cego, ou seja, imperfeito, pois quando se deveria oferecer o melhor e não o faz é como se estivéssemos defraudando Deus.

·         Pedido de bênçãos (vers.9): O que se oferece a Deus e o que se pede? Será que nosso pedido tem relação direta com que temos oferecido a Deus? Será que nossa relação está em conformidade com a aliança divina. Muitas vezes se oferece pouco ou quase nada a Deus e se pede muito.

·         Enganos em relação ao culto a Deus (vers.10-11): Muitas vezes nos justificamos através dos 
erros das outras pessoas quando vamos cultuar a Deus. Olhamos para a vida de alguém que não tem um bom testemunho e dizemos: “Fulano diz servir a Deus e tem uma vida torta”. Mas a palavra nos diz que há muita gente servindo a Deus com integridade e o buscando de verdade, enquanto nós ficamos arrumando nossas desculpas para dar nosso melhor para ele.

·         Desculpas para servir a Deus (vers. 12-14): Não temos tempo. Todo mundo tem seus erros. O ser humano é falho. Essas e outras palavras são utilizadas no dia-a-dia para não se servir a Deus de forma total. Mas a palavra nos chama a restaurar nosso altar diante de Deus. Por isso somos chamados a colocar nossa vida na presença dele.

O que tem nos atrapalhado? Por que não servimos a Deus da forma que deveríamos? Talvez há algo que nos atrapalhe. Vamos colocar isso diante do altar de Deus, orar e pedir com que nosso altar/ nossa vida seja restaurada por Deus.



Restaurando a aliança com Deus
Malaquias 2,1-17

O livro de Malaquias contém denúncias de Deus em relação às pessoas e aos sacerdotes. Muitos elementos foram substituídos no Novo Testamento pelo ministério de Jesus. Um deles diz respeito ao sacerdócio de Levi, que foi substituído pelo de Melquisedeque. Sendo Jesus superior a Levi. Outra questão que não se pode deixar de notar é que na nova aliança todas as pessoas são chamadas a exercer o sacerdócio, de acordo com 1 Pe. 2, 9. Dessa maneira, o livro fala não somente aos sacerdotes, mas a todos os crentes.

Negligência em relação à palavra (vers. 1-9). O profeta menciona a questão de ouvir e guardar a palavra com um mandamento para se cumprir de forma completa a vontade de Deus. Na antropológica hebraica o entendimento se dá no coração bl (lev), enquanto que no pensamento helênico essa relação se faz com a consciência mente nous (nous). Esse contexto se insere no âmbito da aliança com Deus. Ele promete ser fiel, enquanto o povo guardar seus mandamentos. A promessa se traduz em: vida e paz para o povo. Mas quando não se guarda isso não ocorre.

Se atentarmos para esses versículos encontraremos algumas respostas para nossas perguntas. Como tem sido nossa vida? Como temos vivido? Será que temos desfrutado da vida e da paz que Deus nos dá? Se isso não tem ocorrido é melhor atentarmos para como temos procedido em relação à aliança com Deus, sua palavra e seus mandamentos. Muitas pessoas têm experimentado verdadeiros infernos existenciais e psicológico em sua vida por conta da negligência em guardar os mandamentos de Deus no que diz respeito à sua palavra.

Deus nos têm chamado para um proposito específico. Qual? Para ser testemunha e anunciar sua virtude aos perdidos (vers.6). Se a palavra de Deus estiver no centro de nossa vida e conseguirmos cumprir completamente sua vontade, conseguiremos testemunhar de seu amor e de sua vida a muitos. Pense numa lista de pessoas que você desejaria que estivessem na igreja, que fossem alcançadas pela graça de Deus. Isso é possível quando observamos a palavra e nos convertemos a Deus. O problema é que em muitos casos nosso caráter está comprometido. Nossa vida precisa ser moldada por Deus. A exemplo de Pedro em Lc. 22, 31-32 precisamos muitas vezes de conversão. Somente um apego à palavra e um compromisso com Deus genuíno é capaz de moldar e mudar nossa vida. 

 Nos versículos 8 e 9 são citados alguns escândalos promovidos por pessoas que deviam testemunhar a Deus no mundo, mas acabam sendo pedra de tropeço. O profeta cita alguns de seu tempo e nos faz lembra outros exemplos do nosso cotidiano quando vemos dia após dia escândalos na sociedade envolvendo o nome de pessoas que deveriam guardar a aliança com Deus e não o fazem. Os exemplos estão aí aos montes. Que nunca sejamos um desses.

Adoção de princípios alheios à palavra de Deus (vers. 10-16).  Há nessa passagem uma queixa em relação à infidelidade do povo, que havia se corrompido com os valores morais e espirituais de seus vizinhos. Tais influências inferiam diretamente na relação do povo de Israel com Deus.

No versículo 14 há uma metáfora para descrever a corrupção política, social e espiritual de Israel, quando adotou padrões cananeus em detrimento da aliança com Javé. Ao invés de influenciar foi influenciado.

Nesse sentido cabe nos uma pergunta:  O que tem ditado nossas ações? A Bíblia o a cultura em que estamos inseridos?  A Bíblia ou o marxismo cultural? A Bíblia ou o individualismo capitalista? Muitas pessoas, quando entram em contato com outros ambientes que são influenciados por padrões seculares acabam por abandonando suas convicções e aderidos a tais práticas. Pior que isso é trazer essas práticas para o seio da comunidade de fé e querer fazer delas padrão de vida, buscando respaldo para isso na palavra de Deus. Infelizmente temos vivido tempos assim. Pessoas que ao invés de se dedicarem à palavra de Deus e pautarem sua vida na comunhão com ele tem aderido a padrões mundanos.

Em várias passagens proféticas e apocalípticas Deus menciona seu relacionamento com Israel na forma metafórica do casamento. Desde que Israel era uma das nações do deserto havia um “flerte” com os povos vizinhos e suas práticas. Nunca houve isenção de influencias. Assim também é com o povo de Deus em toda a história. Vez ou outra há um deslize em relação à fidelidade com Deus e adoção de práticas seculares.

Essa relação Deus chama de divórcio. Pois Deus escolhe um povo como exclusivo seu para fazer sua obra e proclamar sua palavra. Nesse sentido, não concorda com o abandono por parte de seu povo em relação à sua aliança. A exortação de Deus sempre gira em torno da fidelidade à sua palavra. Pois é ela que limpa (Jo. 15,3); ela que santifica (Jo. 17,17). Por esse motivo somos chamados a restaurar nossa aliança com Deus em torno da sua palavra.



Malaquias 2, 17- 3,5
Desde os tempos remotos é mencionado nas escrituras o dia do Senhor. Essa expressão significa o dia do juízo e da justiça de Deus, não somente para seu povo, mas para toda a humanidade.

Os versículos iniciais tratam de uma reclamação em forma de queixa de Deus em relação ao olhar de seu povo. Muitas pessoas estavam dizendo que Deus era injusto, emitindo um parecer negativo em relação à justiça divina. A isso Deus diz: estou cansado!

(Cap. 2, 17-3,5)A justiça de Deus vem!: O Senhor, então, promete preparar o caminho para que ele venha e estabeleça a justiça, cumprindo tudo aquilo que a respeito de si mesmo e de seu povo está escrito. Mais uma vez a tônica dessa passagem gira em torno da aliança entre Javé e seu povo, que pode ser resumida em vida e paz.

O texto deixa explícito que essa justiça será imparcial. Quem não estiver preparado sofrerá as consequências do juízo divino. Uma vez que Deus promete purificar as coisas a isso faz uma pergunta: quem suportará tal dia?

A justiça de Deus envolve a restauração: Judá e Jerusalém simbolizam a restauração de todas as coisas e cumprimento da profecia de restauração de vida e paz. Dessa maneira, isso não envolve somente a restauração como forma de justiça, mas aponta para o juízo escatológico como cumprimento da vontade divina sobre a vida das pessoas. Essas duas características são atributos do Reino de Deus.

Deus tem preparado um tempo de restauração de justiça na vida de seu povo. Tempo esse em que Ele irá colocar as coisas em seus devidos lugares, propiciando o renovo e a restauração. Nos primeiro sermão de Pedro em Atos, esse tempo é chamado de tempo de refrigério, isto é, um tempo de alívio e sobrevida para as pessoas que têm passado por momentos de luta e tribulação.

Nesse sentido há na palavra de Deus algo que diz respeito a todos nós. Um tempo em que o próprio Deus virá sobre a vida de seu povo promovendo a paz; a vida e a justiça. Isso envolve todas as áreas de nossa vida, pois Deus trabalha em nós de forma integral, não somente na área espiritual.
Tal dia será um dia bom para quem têm vivido de acordo com a palavra de Deus e seus estatutos e mau para quem não está alicerçado nela, uma vez que, a justiça divina é imparcial. O versículo 5 deixa isso explícito, que no devido tempo o Senhor colocara as coisas em ordem. Por isso devemos atentar para nossa vida e para nossa procedência diante dele.

A restauração da fidelidade e os livramentos de Deus (cap. 3,6 – 3,12)
O contexto dos dízimos e ofertas mencionados nessa parte do livro insere-se no âmbito da aliança entre Deus e seu povo (Lv 27, 30-33). Como a religião de Israel iniciou-se num contexto rural o dízimo era dado em forma de alimentos e animais. Todo o montante era administrado pelas pessoas que serviam no templo, no caso, os levitas.

Embora o povo não tivesse cumprido sua parte na aliança, Deus manteve-se fiel, pois não os consumiu. Seguindo a tônica do capítulo, há uma reclamação da não fidelidade de Israel, sinalizando para a negligência daqueles que haviam se proposto ser fieis a Deus.
Como dízimo pode ser visto? Dentre as várias maneiras que o dízimo pode ser visto podemos destacar algumas:

Adoração
Justiça social
1         Abel trouxe das primícias, ou seja, dos primeiros frutos da terra para adorar a Deus e isso foi agradável a seus olhos. Gn. 4, 4
2         Depois de uma batalha Abrão é abençoado por Melquisedeque – uma figura de Cristo – e lhe dá o dízimo de tudo, reconhecendo que se não fosse Deus certamente não venceria as batalhas. Gn. 14, 18-20;
3         Saul foi consultar o homem de Deus e não quis ir de mãos vazias. I Sm. 9, 6-8;

Dt. 14, 22-29: responsabilidade social com os pobres. Dízimo como forma de justiça social.


Aliança: Lv. 27, 30-37. Como parte da aliança entre Deus e Israel o dízimo servia como gratidão pela redenção

Dízimo no NT
Jesus cita exemplo de pessoas que dizimaram
1         A viúva pobre: Lc. 21, 1-4. Mulher dizimando;
2         Dízimo como algo que pertence a Deus: Mt. 22, 21;
3         Dízimo como parte da justiça do Reino: Mt. 23, 23;




Relações que envolvem o dízimo. O versículo 9 nos diz que muito das coisas que acontecem na nação têm relação direta com o dízimo, uma vez que, o povo não é fiel as desgraças tomam conta da vida das pessoas. Malaquias fala da nação amaldiçoada por conta da infidelidade do povo de Deus.

Quais são consequências do dízimo? Em primeiro lugar a Bíblia menciona as bênçãos de Deus sem medidas sobre a vida de seu povo. Isso é utilizado de forma errônea pelos pregadores da prosperidade que enfocam somente a questão financeira o sentido do termo vai muito além de coisas matérias. Ele aponta para questões mais profundas ligadas à vida cotidiana e espiritual. Não podemos perder de vista que esse texto se insere no contexto de restauração e justiça divina mencionados no tópico anterior. Sendo assim, as bênçãos dizem respeito à restauração de lares, relacionamentos, casamentos e outras áreas de nossa vida.

Em segundo lugar o texto fala de repreender o devorador. O que é isso? “Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne”. (Dn. 7,5). Pela profecia de Daniel entende-se que o devorador é uma força política. Um Império. Nesse contexto é o Império persa. O que isso significa. Deus livra das crises internacionais, segundo o texto bíblico.
As nações reconhecerão a fidelidade de Deus através da restauração da fidelidade: dízimo/oferta.

Restaurando as promessas de Deus
Malaquias 3,13-4,6

Os versículos iniciais dessa passagem apontam para dois tipos de pessoas. Normalmente se pensa que esses dois grupos ou tipos de pessoas são pessoas que creem ou não em Deus, ou ainda. Crentes e não crentes. Entretanto o texto deixa a entender que, na verdade, esses dois grupos são pessoas da comunidade de fé, que dizem servir a Deus, mas seu coração, de fato, não está diante dele. A isso Deus, novamente, diz: essas palavras têm sido duras demais para mim.

Não obstante, o povo ter se esquecido de Deus; não dado o devido valor para o templo e as atividades nele exercidas – pois o texto data-se do regresso do povo do cativeiro depois do exílio babilônico – agora, o desprezo se fazia em relação ao próprio Deus e sua maneira de operar na vida das pessoas.

Qual a vantagem de servir a Deus? (Cap. 3, vers.13-18). A pergunta chave aqui é: de que nos adianta servir a Deus se sobre nossa vida tem sobrevindo tanta desgraça? A tônica principal da queixa de alguns era justamente essa. Entretanto, havia outros que simplesmente permanecia fiel e não ousava questionar os acontecimentos e vicissitudes do cotidiano.

Esses dois tipos de pessoas existem. Uns sempre questionam com a mulher de Jó e outros agem como o próprio Jó. A vida humana é cheia de especulações e mistérios que, em muitos casos, nos escapam a compreensão. Deus, como menciona Paulo, tem profundidade de riquezas e mistérios que ao ser humano não são revelados. Certamente há pessoas em nosso meio que, nesse exato momento se questionam sobre os “por quês” da vida: Por que aconteceu isso comigo? Por que aconteceu isso com fulano? Por que deixou de acontecer isso comigo? Se eu sirvo a Deus, eu não deveria ter uma vida isenta de problemas?

Essa é a pergunta crucial da existência humana: se Deus é bom por que nos sobrevém o mal? Às vezes por ter uma visão limitada e condicionada ao tempo, espaço, cultura e sociedade em que vivemos tendemos a blasfemar contra Deus dizendo que é inútil servi-lo, mas o versículos 16-18 apontam para o caminho da confiança em Deus e da fé. O senhor atenta e nos ouve ao seu tempo ele se manifestará.

Pode parecer um escapismo, alienação ou coisa do tipo, mas a fé nos garante que Deus a seu tempo se manifestará colocando ordem nas coisas – sempre no prisma da justiça – mostrando, tanto aos fiéis, quanto aos infiéis que vale a pena servi-lo e não é tempo jogado fora trabalhar para Deus.

Ainda que não mereçamos, Deus no recompensará pelo serviço a ele. Na verdade, o servo não merece recompensa nenhuma, uma vez que, é somente um servo, mas Deus recompensará aos que o servem de coração.

De repente você tem pensado: há tanto tempo sirvo a Deus e estou nessa situação; sou uma pessoa que tem dedicado uma vida inteira ao serviço do Senhor e passo por essa luta que parece não ter fim. 

Minha casa precisa de ajuda; no meu trabalho eu preciso de ajuda; meus relacionamentos cotidianos 
precisam de ajuda. Calma! A seu tempo o Senhor te recompensará! Isso é, se você tem o servido de coração e confiado em sua justiça.

Restaurando as promessas (Cap. 4, vers. 1-6): O versículo 1 trata da justiça de Deus sobre as pessoas que estão em contradição com a sua vontade. Novamente volta-se ao ponto-chave do anúncio de Malaquias: a justiça divina – sinalização para o reino de Deus. Dos versículos 2-6, tem-se a restauração das promessas de Deus ou dos termos contidos na aliança estabelecida com Moisés. Quais são as promessas? 1) salvação (vers.2); 2) justiça (vers.3) e restauração (vers. 4-6)
Se atentarmos para os relatos contidos nos evangelho veremos que essa é a tônica da pregação de Jesus. Inicialmente sua vinda aponta para a salvação. Tal elemento traz consigo não somente o caráter escatológico – ligado ao final dos tempos – mas sinaliza ainda para a salvação da alma (psique fisch) do hebraico (nefesh vpn).. A dimensão salvífica das promessas de Deus visam abarcar toda nossa estrutura. Não é somente uma salvação da alma, como pensam alguns, mas a salvação de tudo: caráter, personalidade, comportamento, costumes, etc. Logicamente que a ênfase central é na salvação eterna. Deus quer salvar a sua vida de toda a opressão e injustiça que você tem vivido!

No versículo 3 a temática da justiça volta a cena mais uma vez. Nesse caso enfatizando de forma explicita como será feita a justiça de Deus. (Eu) pisarei os perversos (...). Quem pisará os perversos? Quem fará a justiça? Quem se manifestará? DEUS! Aqui cabe-nos uma lição importantíssima. Nossa justiça vem de Deus. Por que enfatizar isso sempre? Porque existem muitas pessoas que acreditam que a justiça que o Senhor promete sua palavra vem do sentimento humano de fazer justiça com as próprias mãos. Isso é um ledo engano. A justiça, mais uma vez contida no texto vem de Deus. Certamente existem pessoas que necessitam ouvir isso. Não adianta pensar que com nossas próprias forças, ou ainda nosso sentimento equivocado de justiça, faremos com que as coisas se acheguem no lugar. A justiça é feita por Deus!

Finalizando temos os versículos que tratam da temática da restauração, com ênfase em dois ministérios: Elias e Moisés. Assim como eles aparecem no monte ao lado de Jesus em Mateus 17. Ambos são mencionados nessa passagem apontando para a restauração de Deus em favor do seu povo. Um dos propósitos é trabalhar a questão dos relacionamentos entre pais e filhos. A passagem menciona o termo conversão, isto é, comunhão de propósitos.

Há muitas pessoas que mesmo depois que “estão na igreja” apresentam muitas dificuldades no relacionamento com seus pais. Um dos prismas da salvação diz respeito à restauração de relacionamentos feridos. Certamente há pais e filhos que necessitam se perdoar. Pessoas que foram feridas por seus pais e nunca pediram perdão. Pais que feriram seus filhos e nunca pediram-lhes perdão. Essa é a oportunidade que Deus tem dado para que à luz dessa palavra haja a restauração completa das famílias e dos relacionamentos para que a salvação de Deus cumpra-se de forma integral.

Conclusão: Deus tem uma promessa de salvação, justiça e restauração para sua vida, sua casa e sua família. De acordo com essa palavra iremos orar pedindo que o Espírito de Deus se manifeste e cumpra isso em nós.

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