Expandindo fronteiras


 Escrever é uma tarefa árdua e por vezes dolorosa. Para mim tem um item a mais: escrever é quase um exercício místico, espiritual ou coisa assim.

Às vezes escrevo para passar tempo; às vezes por que estou com raiva; às vezes por que estou feliz e às vezes por que me “dá na telha”.

Nessa reconciliação com meu blog trago uma experiência que vivi esses dias num convite para falar num evento internacional que tive oportunidade de contribuir com uma reflexão sobre “corrupção, fundamentalismo, evangélicos e o Brasil”.

Antes de mim falaram pessoas ilustres, ganhadoras de prêmios de literatura e tal. E eu estava lá: apenas contribuindo com reflexões sobre minha percepção de Brasil. Cheguei a ficar surpreso com as reações. Alguns retornos me deixaram pensativo e reflexivo: o que um cara como eu (vivendo uma vida modesta de professor, morando num interior desse Brasil de meu Deus, sem expressão no cenário acadêmico, literário, etc.) tem a contribuir?

Talvez muita coisa... mas ocorre que nesse mundo em que vivemos as peças são escolhidas a dedo para brilhar (algumas, inclusive, sem muito esforço) e aos outros resta a luta para digladiar por um lugar ao sol e fazer que sua voz seja audível.



Não sei se essa participação será a primeira de muitas ou a última de todas. Mas minha missão em comunicar e reverberar pensamentos, frases, elucubrações volta a se perfazer por meio dos textos.

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