O Cheiro do ralo
Uma das obras mais emblemáticas para mim é “o cheiro do ralo” de Lourenço Mutarelli. Trata-se de uma espécie de romance em que o personagem principal se dedica a comprar e vender objetos usados. Apesar de ser um homem com dinheiro possui gostos excêntricos. Um deles é gostar do cheiro do esgoto que vem do ralo. A trama se desenvolve tendo como pano de fundo a loja, o ralo e a excentricidade do personagem, que beira à esquizofrenia – esse é o ponto que mais me chama atenção. O personagem principal ressignifica sua relação com o mundo e estabelece com algumas coisas o desejo da forma mais estranha possível. Cria novos códigos, símbolos e linguagens.