Eu votaria no Haddad, se não fosse o PT


Eu votaria tranquilamente no Haddad, se não fosse o PT.

A executiva do PT adotou a estratégia mais infantil de todos os tempos. Primeiro faz da eleição uma disputa pessoal entre Lula e a justiça, personificada na figura de Sérgio Moro; depois rechaça uma possível aliança como vice na chapa Ciro-Haddad. Somam-se a isso declarações desastrosas como a da presidente rechaçando um apoio a Ciro, depois Jaques Wagner afirma que o medo que iria decidir os votos entre Bolsonaro e Ciro.

O que dizer então da declaração de Zé Dirceu? Em plena campanha o homem adota um tom bolchevique e diz que o negócio é tomar o poder.
Haddad ao ser questionado diz que Dirceu não fará parte de seu governo. O povo fica sem entender nada. Isso é por que o PT virou essa bagunça. Ninguém fala nada com nada.

Durante a campanha se viu de tudo. O PT abusou da incoerência. Buscou aliança com os golpistas do MDB e se aproximou do inimigo histórico PSDB. Algumas figuras lendárias do PSDB declararam voto em Haddad. FHC e Goldman puxaram a fila. Que coerência há nisso?

O PT opta por um governo de coalizão de classes. Não tem coragem de ser um partido popular com ênfase nas necessidades do povo, pois se assim o fizer desagrada setores que lhe dão muito voto em contrapartida não deixa de agradar aos empresários e rentistas, pois esses ajudam em campanhas políticas e controlam o “ânimo” do mercado.

Sinceramente Haddad é maior e melhor que o PT. O PT é um partido perdido, sem uma ideologia definida. Opta por uma governabilidade irresponsável. Não se define em suas alianças; não tem um programa de governo. Vide o segundo governo Dilma. Propôs uma coisa no papel e fez outra na prática.

Eu votaria no Haddad, se não fosse o PT.

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