A cruz celta


Provavelmente você já viu a cruz celta em algum lugar. Certamente em alguma igreja reformada. Mas o que pouca gente sabe é que sua origem não é cristã.

A origem da cruz celta é a fusão do feminino (círculo) com o masculino (cruz) e remonta a tradição dos antigos celtas. Em tempos remotos se pensava a teologia como algo bem mais amplo ligado às atividades humanas como o erótico.

Na Bíblia há vários textos de cunho erótico. De acordo com os estudiosos das culturas cananeias os altares levantados pelos patriarcas tinham sentidos totêmicos. Um deles é o altar erguido por Jacó em Betel. Além do local ser um conhecido santuário da fertilidade acreditava-se que o símbolo fálico fazia ligação entre o céu e a terra.

A cruz celta resgata esse diálogo. Mostra masculino em relação com o feminino. Em qualquer dicionário consta que se trata de um símbolo pagão. Infelizmente a dogmatização da fé cristã decantou tudo que fugisse da ortodoxia conservadora não atentando para seu sentido amplo.

Muitas foram as tentativas, ao longo dos séculos, de retirar o livro de Cântico dos Cânticos da Bíblia. 
Não se fala da relação erótica do noivo e da noiva. Pouco se trabalha sobre o erótico na teologia.

A cruz celta remete a uma questão negligenciada pelas igrejas nos dias atuais: a afetividade. Se refletíssemos melhor sobre o assunto talvez não teríamos tanta dificuldade com as questões sexuais e afetivas.

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