Um apelo à mentira




O fantasioso nega a verdade para si mesmo; o mentiroso apenas para os outros (F.N)












Gostaria de fazer uma proposta.

Que vivêssemos nossas fantasias e mentiras de forma natural.

Alguém diria: Que loucura! Para que isso? Parece sem nexo, sem sentido.

A essas objeções eu diria. Tá. Imagine o que seria das pessoas sem as mentiras e sem as fantasias.

O que seria da “amiga” chata que pergunta: você me acha legal? E ao invés de respondermos: Não, você é insuportável! Dizemos: Claro, nossa. Você é uma amiga e tanto.

O que seria dos falsos relacionamentos hipócritas se não fosse a fantasia e a mentira? Responda você.

Quem suporta a verdade?

Quem suporta o confronto?

Quem assumiria o fracasso de uma vida sem paixão, sem ideais, sem objetivos?

Quem, ao olhar para trás e ver que não deixou nenhum legado relevante, diria: Minha existência foi um “poço” de insignificância?

O que seria das fotos se não fosse a mentira? Os falsos sorrisos, as “falsas alegrias”.

Proponho que seja proibido dizer a verdade. Talvez, isso aliviaria a dor de muitos.

Sim, que seja proibida a verdade, pois ela é o antídoto da dissimulação, da farsa e da fantasia.

Todos odeiam a verdade por que ele tira as máscaras e mostra que por trás do sorriso esplendoroso há um vale infinito de lágrimas.

Verdade, verdade como te odiamos.

Verdade, verdade como precisamos de você.

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