A favor da causa Palestina
Essa semana, mais uma vez, circularam nos veículos de comunicação notícias sobre a violência cometida por Israel em relação aos palestinos. Fato corriqueiro nesses últimos sessenta anos.
Os conflitos na região acentuaram-se após a criação do Estado de Israel,
no final da primeira metade do século passado. Utilizando-se de pretextos supostamente
históricos, o governo israelense hostiliza os palestinos com seu grande potencial
bélico.
Aliado histórico dos Estados Unidos – que atingiu o status de grande potência mundial, após o fornecimento de armas
para as duas grandes guerras do século XX – Israel adota a política da agressão,
estimulado por interesses – sobretudo econômicos – estadunidenses.
No imaginário estadunidense há a concepção de que a “Nova Inglaterra” incorpora a Nova Jerusalém, portadora da mensagem de Cristo, através da promoção da democracia e da liberdade, mesmo que sejam conquistadas à custa de muito derramamento de sangue. Essa mentalidade reporta aos tempos do Israel veterotestamentário, que extirpa seus inimigos sob a benção de seu deus - semelhante tática adota o estado sionista de Israel.
Fato que chama a atenção é a utilização da bandeira israelense em algumas
igrejas cristãs. Não se sabe ao certo qual o sentido desse emprego. Talvez, a
mensagem que se queira passar é de que tais igrejas estão com seus discursos
sionistas coadunados com os interesses estadunidenses: conquista, prosperidade
e promoção de democracia, sob a benção de deus. Seu eco já pode ser ouvido em
alguns pronunciamentos de líderes e bancadas (supostamente) cristãs.
O que se faz com os palestinos no Oriente Médio (com o apoio dos EUA), é
o mesmo que se faz no Brasil: opressão às minorias, que o digam os grupos que
lutam pela liberdade sexual, religiosa, de expressão, entre outros. A ditadura
da maioria parece imperar em todos os cantos do mundo. Entretanto, se os
cristãos quiserem voltar às suas raízes devem protestar contra a política
israelense. Isso se dá, por exemplo, na substituição da bandeira sionista de
Israel pela do Estado palestino – afinal Javé está do lado das minorias
oprimidas; no repudio a teologia triunfalista e expansionista norte-americana e
no compromisso com correntes que expressão a libertação dos oprimidos.
O protesto contra a violência israelense começa quando se combate a
ideologia que está por trás dessas ações: a ditadura da maioria. Em muitos
casos, essa maioria veicula-se aos interesses imperialista, expansionistas e
totalitários, presentes nas diversas partes do mundo – o caso da Palestina é um
entre tantos. Infelizmente, no Brasil algumas lideranças são porta-vozes dessa
política nefasta. O papel libertário é levantar a voz e dizer: apoiamos a causa
Palestina e das demais minorias mundiais, afinal Deus está ao lado dos
oprimidos.
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