A favor da causa Palestina



Essa semana, mais uma vez, circularam nos veículos de comunicação notícias sobre a violência cometida por Israel em relação aos palestinos. Fato corriqueiro nesses últimos sessenta anos.
Os conflitos na região acentuaram-se após a criação do Estado de Israel, no final da primeira metade do século passado. Utilizando-se de pretextos supostamente históricos, o governo israelense hostiliza os palestinos com seu grande potencial bélico.
Aliado histórico dos Estados Unidos – que atingiu o status de grande potência mundial, após o fornecimento de armas para as duas grandes guerras do século XX – Israel adota a política da agressão, estimulado por interesses – sobretudo econômicos – estadunidenses.


 A região do Oriente Médio sempre esteve nos planos norte-americanos. No período da guerra fria, optou-se por apoiar o Afeganistão na luta contra os soviéticos, posteriormente, o apoio foi dado ao Iraque. Ambos os paises, após contrariarem os interesses “do aliado”, passaram a ser visto como alvo a ser derrubado, ou na expressão de George Bush: eixo do mal.

No imaginário estadunidense há a concepção de que a “Nova Inglaterra” incorpora a Nova Jerusalém, portadora da mensagem de Cristo, através da promoção da democracia e da liberdade, mesmo que sejam conquistadas à custa de muito derramamento de sangue. Essa mentalidade reporta aos tempos do Israel veterotestamentário, que extirpa seus inimigos sob a benção de seu deus - semelhante tática adota o estado sionista de Israel.
Fato que chama a atenção é a utilização da bandeira israelense em algumas igrejas cristãs. Não se sabe ao certo qual o sentido desse emprego. Talvez, a mensagem que se queira passar é de que tais igrejas estão com seus discursos sionistas coadunados com os interesses estadunidenses: conquista, prosperidade e promoção de democracia, sob a benção de deus. Seu eco já pode ser ouvido em alguns pronunciamentos de líderes e bancadas (supostamente) cristãs.
O que se faz com os palestinos no Oriente Médio (com o apoio dos EUA), é o mesmo que se faz no Brasil: opressão às minorias, que o digam os grupos que lutam pela liberdade sexual, religiosa, de expressão, entre outros. A ditadura da maioria parece imperar em todos os cantos do mundo. Entretanto, se os cristãos quiserem voltar às suas raízes devem protestar contra a política israelense. Isso se dá, por exemplo, na substituição da bandeira sionista de Israel pela do Estado palestino – afinal Javé está do lado das minorias oprimidas; no repudio a teologia triunfalista e expansionista norte-americana e no compromisso com correntes que expressão a libertação dos oprimidos.

O protesto contra a violência israelense começa quando se combate a ideologia que está por trás dessas ações: a ditadura da maioria. Em muitos casos, essa maioria veicula-se aos interesses imperialista, expansionistas e totalitários, presentes nas diversas partes do mundo – o caso da Palestina é um entre tantos. Infelizmente, no Brasil algumas lideranças são porta-vozes dessa política nefasta. O papel libertário é levantar a voz e dizer: apoiamos a causa Palestina e das demais minorias mundiais, afinal Deus está ao lado dos oprimidos.  

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